domingo, 28 de junho de 2015

Aceleração das mudanças tecnológicas

A aceleração das mudanças tecnológicas, tanto em escala e escopo quanto em impacto econômico, é considerada como apenas a ponta de um iceberg. Esta é a segunda força citada pelo estudo apresentado pela McKinsey, que já havia divulgado.

No estudo eles destacam que a diferença de hoje em dia para o passado esta relacionada tanto a onipresença da tecnologia em nossas vidas quanto a velocidade das mudanças. A conectividade associada ao volume de informação disponível, tanto para a pessoa comum quanto para os negócios, amplifica as mudanças.

A conectividade, a convergência, a interatividade, a velocidade e a ubiquidade são forças tecnológicas que atuam no ambiente há quase duas décadas. Entretanto, hoje em dia se tornaram grandes forças econômicas e sociais, principalmente em função dos avanços das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Elas alteram a forma como a sociedade se organiza, a natureza do trabalho, a estrutura de produção, a educação, a forma como as pessoas se relacionam e até mesmo a utilização dos períodos de lazer, por exemplo.

Se focarmos nos avanços da nanotecnologia, biotecnologia, automação e robótica, associados com os avanços das TIC e se considerarmos ainda os resultados da atuação integrada dessas áreas, podemos arriscar em afirmar que estamos caminhando para um mundo muito diferente do que vivemos hoje em dia.

Os impactos desses avanços tanto na expectativa e na qualidade de vida, quanto nas relações de trabalho e desenvolvimento de novos materiais serão infinitos. Se ainda associarmos os avanços da internet das coisas e da impressora 3D, tudo isso suportados por big datas, pergunto: em que mundo estaremos vivendo até o final do século XXI?

O físico Michio Kako apresenta em suas palestras um mundo de possibilidades. Mas pensando na nossa realidade surgem novas perguntas: O quanto estamos preparados para aproveitar essa nova era? Seremos centros inovadores ou nos manteremos como mercados exportadores de matéria prima e consumidores de produtos industrializados importados ou apenas montados aqui? Se queremos mudar essa condição, que ações devemos desencadear hoje para a construção de um futuro diferente do nosso presente?

Boas reflexões!

REFERÊNCIAS

DOBBS, Richard; MANYIKA, James; WOETZEL, Jonathan. The four global forces breaking all the trends. McKinsey Global Institute, Apr. 2015. Disponível em: http://www.mckinsey.com/insights/strategy/the_four_global_forces_breaking_all_the_trends . Acesso em 25 maio de 2015.

Michio Kako. What does the future look like? 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_UgE-NhcmbM . Acesso em 25 jun. de 2015.

sábado, 20 de junho de 2015

A era da urbanização

“A era da urbanização” é a primeira força citada pelo estudo apresentado pela McKinsey, que divulguei há duas semanas.

Eles destacam o crescimento da urbanização, em sua maioria, puxado pela China. Entretanto, eles explicam que esse movimento não será liderado somente pela China, mas por vários países da Ásia e da África. Espera-se que, até 2050, 66% da população mundial viverá em áreas urbanas. Também chamam a atenção para o crescimento de cidades em países emergentes.

Esse fenômeno virá acompanhado pelo crescimento do número de megacidades com economia mais forte que muitos países. Em 2014, segundo relatório da ONU, existiam 28 megacidades ao redor do mundo, com população acima de 10 milhões de habitantes. A expectativa é que até 2030 tenhamos 41 megacidades ao redor do mundo.

Figura 1 - Megacidades com mais de 10 milhões de habitantes em 2030
http://www.redeangola.info/multimedia/megacidades-do-mundo-em-2030/
Fonte: Megacidades do mundo em 2030.

Por um lado, esses movimentos vão gerar ganhos de eficiência dos investimentos municipais e estaduais pela concentração das pessoas, mas por outro exigirá planejamento de longo prazo e maiores investimentos em infraestrutura e para a prestação de serviços públicos.

Nesse contexto, quais serão os impactos dessa grande força ao redor do mundo? Haverá melhoria ou redução da qualidade de vida das pessoas? Quais serão os grandes desafios para os gestores e planejadores urbanos?

REFERENCIAS

Relatório da ONU mostra população mundial cada vez mais urbanizada, mais de metade vive em zonas urbanizadas ao que se podem juntar 2,5 bilhões em 2050. Disponível em: . Visitado em 06 de jun. 2015.


Megacidades do mundo em 2030. Disponível em:. Visitado em 06 de jun. 2015.

sábado, 6 de junho de 2015

Quatro forças globais que quebram todas as tendências - Introdução

Em abril, foi publicado pela McKinsey texto que apresenta quatro forças disruptivas que, segundo os autores, são fundamentais, pois vão criar grandes mudanças na economia global. São elas: a urbanização, a aceleração das mudanças tecnológicas, o envelhecimento da população e a maior conexão global.

Destacam que se tratam de forças que todos nós já conhecemos, mas no fundo não compreendemos por completo sua magnitude e impactos. Isso me fez lembrar a internet. Já convivemos com ela há mais de 20 anos e para mim ainda é um fato portador de futuro. Todo dia me surpreende e ainda não temos conhecimento de toda a sua potencialidade de uso nos mais diversos campos do conhecimento. Ademais, no fundo, ela é “só” um meio de comunicação. A questão é que ela está se tornando “O” meio de comunicação e mais, “O” de conexão.

O texto, o qual sugiro a leitura, também chama a atenção ao fato de que essas quatro forças estão ocorrendo ao mesmo tempo e, a meu ver, o impacto é ainda maior, pois uma alimenta a outra, aumentando a velocidade das mudanças. Isso porque essas mudanças alimentam novas, que vão romper muitas tendências consideradas certas de ocorrerem e, como resultado, aumentarão a incerteza ambiental. Os conhecimentos que possuíamos do mundo anterior pouco serão úteis para entender os tempos que estão por vir. Governos, empresas e pessoas terão que se adaptarem a esses novos tempos.

Vivemos em um mundo em transformação e, por mais dados que tenhamos, menor será a nossa capacidade de anteciparmos os acontecimentos. Sendo assim, fica a reflexão: o quanto o Brasil tem de conhecimento sobre essas forças disruptivas? Qual a posição do País e das organizações que nele atuam frente a esses desafios? Que apostas faremos?

Fiquem ligados, pois comentarei cada uma das quatro forças nas próximas semanas.

Obs.: O texto da McKinsey foi elaborado pelos autores do livro: No Ordinary Disruption: The Four Global Forces Breaking All the Trends, lançado em maio pela PublicAffairs. (http://www.amazon.com/No-Ordinary-Disruption-Global-Breaking/dp/1610395794).

REFERÊNCIA
DOBBS, Richard; MANYIKA, James; WOETZEL, Jonathan. The four global forces breaking all the trends. McKinsey Global Institute, Apr. 2015. Disponível em:<http://www.mckinsey.com/insights/strategy/the_four_global_forces_breaking_all_the_trends>. Acesso em 25 maio de 2015.