Semana passada, fui conhecer o Museu do Amanhã, inaugurado
no Rio de Janeiro, na Praça Mauá, há cerca de duas semana atrás. Participei de
uma reunião com Alfredo Tolmasquim, responsável pelo Observatório do Amanhã, cujo
o objetivo é manter as informações sobre o presente e o futuro atualizadas
disponibilizadas no acervo virtual do Museu.
Considerei o Museu uma iniciativa importante para mudarmos
no Brasil a concepção que temos sobre o futuro. Ensinar a nossa sociedade os
conceitos básicos e a importância do planejamento, utilizando-se inclusive, de
simulação de nossas ações antes de realizá-las, para que assim, possamos
construir um futuro melhor.
O Museu é formado basicamente por cinco grandes blocos: de onde viemos; quem somos; onde estamos, para
onde estamos indo; e ao final, como queremos ir. De forma simples, porém
muito profunda, o Museu cria um circuito de reflexão que passa pelas principais
fases do planejamento estratégico. Parte do princípio que o futuro está por ser
construído e sua configuração se dará em função das ações e das decisões que
tomarmos hoje.
Lembro que sem informação as decisões se tornam frágeis, e é
por isso que devemos explorar as possibilidades de futuro existentes antes de
tomarmos decisões. No bloco como vamos,
é possível realizar simulações em função do comportamento passado e das
informações que já dispomos em função das previsões. Possibilitando, assim, que
os visitantes percebam que dependendo das suas decisões caminhos diferentes
serão traçados. Chama a atenção também que todos nós somos agentes de mudança
ao levar o visitante a reflexão de como queremos ir e qual o papel da cada um
nessa caminhada.
Espero que essa iniciativa cultural, que está chamando a
atenção da sociedade, principalmente no Rio de Janeiro, realmente contribua com
a consolidação dos estudos prospectivos e do planejamento de longo prazo no
País, já que o Museu do Amanhã olha 50 anos à frente.
Recomendo a visita ao Museu, que além de ser uma obra
arquitetônica belíssima, possui uma vista maravilhosa, possui um acervo
fantástico, e principalmente reforça a importância do planejamento de longo
prazo. Mas para aproveitar tudo que o Museu tem a oferecer, recomendo que
reserve pelo menos quatro horas do seu tempo.
Boas escolhas... bom futuro!
Elaine Marcial
Mais informações em:
www.museudoamanha.org.br