terça-feira, 17 de novembro de 2015

Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo

Convido-os para o lançamento do meu novo livro, em parceria com Helder Ferreira.

Dia: 23 de novembro de 2015 (próxima segunda-feira)
Horário: 9h30
Local: Sede do Ipea, em Brasília, (SBS, Qd. 1, Bl. J, Edifício Ipea/BNDES, auditório do subsolo)

Após a apresentação dos destaques da obra, Daniel Cerqueira, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, e Arthur Trindade Maranhão Costa, secretário de Segurança Pública e da Paz Social do Governo do Distrito Federal, irão debater os dados do estudo.
Na abertura do seminário estarão presentes o presidente do Ipea, Jessé Souza, a secretária Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ) e presidente do Conselho Nacional de Segurança Pública, Regina de Luca Miki, e o diretor do Departamento de Temas Sociais da Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI/MP), Jorge Abrahão de Castro. Estes últimos representando o MJ e o MP que foram parceiros na realização do projeto.

Segue síntese do livro:
A violência é um dos temas que mais preocupam os brasileiros. Há grande incerteza sobre o que pode ocorrer no futuro tanto em termos da criminalidade violenta quanto em relação às políticas públicas. O ambiente instável e turbulento aumenta a percepção de que o futuro é múltiplo e incerto, e leva a crer que planejar com base em projeções é insuficiente. Entretanto, os tempos atuais não trazem somente desafios, mas, principalmente, oportunidades. É necessário estar atento às oportunidades e ser criativo para enxergá-las. Não é por outro motivo que a utilização de cenários como subsídio ao planejamento e à formulação de estratégias cresce no mundo.
Nesse contexto, é apresentada neste livro a síntese dos resultados do projeto A Segurança Pública em 2023: Uma Visão Prospectiva. O estudo contou com a participação de 122 pessoas, pertencentes às equipes do Ipea e da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR); colaboradores do Ipea, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) e do Ministério da Justiça (MJ); e especialistas em segurança pública. Os desafios são muitos, mas os cenários exploratórios construídos mostram que há possiblidade de mudança.
O estudo apresenta quatro cenários: prevenção social; repressão qualificada; violência endêmica; e repressão autoritária. Com base neles, pode-se formular o cenário desejado e o cenário-alvo, considerando trajetórias irregulares, aproveitando as oportunidades e reduzindo o risco dos cenários apresentados.
O livro Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo também apresenta 44 tendências. Parte delas, para ser rompida, depende da união de diversos atores e, principalmente, do investimento nas oito incertezas-chave identificadas. Tais incertezas nos abrem oportunidades para a mudança do curso dos acontecimentos, pois são motrizes para a redução da criminalidade violenta e o aumento da sensação de segurança, tornando-se mais fáceis de serem moldadas e nos ajudando a construir o futuro desejado.

Diante dos muitos desafios, foram propostos doze objetivos estratégicos. Também são apresentadas sugestões para o aprimoramento e a construção de uma política de segurança democrática, garantista e efetiva. Como os recursos – humanos, financeiros e tecnológicos – são escassos, é fundamental a construção de cenários e sua análise, a fim de fazer escolhas e priorizar investimentos. Desse modo, poderemos mudar o curso dos acontecimentos, transformando o Brasil em um país seguro para se viver. 

5 comentários:

  1. A educação é a base de todos os segmentos da vida. Investindo na educação diminuirá a violência. Oferecer escola para todos. O ponto seguinte seria emprego, paralelo à educação. Uma política digna para ambos. Eliminar as esmolas do governo como bolsa família e fazer uma política que faça com que incentive as crianças irem para a escola e ofereça trabalho aos jovens estudantes, paralelamente, também como incentivo. Assim, mesmo que a longo prazo, consegue-se diminuir a violência, tirar os meninos da rua, oferecer atividades, emprego. Sem isso, a violência tende a aumentar e a nossa segurança estará vulnerável mais do que estamos. Excelentes estes trabalhos de projeções de áreas, com bons governantes, espera-se por em prática tornando o trabalho desenvolvido efetivo e eficaz. Parabéns pelo trabalho!

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    1. É isso mesmo Maruska, concordo plenamente. Sem educação não vamos a lugar nenhum e muito menos reduzir a violência no País.
      Obrigada pela contribuição!
      Elaine Marcial

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  2. Elaine, parabéns, sou sua fã.
    Você dará algum curso aberto em 2016 sobre cenários prospectivos?
    bj,

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    1. Ana Claudia,
      Obrigada pelas palavras carinhosas. Por enquanto não há previsão, mas se ocorrer algum eu informo no blog e para você.
      Obrigada pelo comentário!
      Elaine Marcial

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  3. Oi, Elaine. Acho que a violência no Brasil também tem um forte fator cultural (no sentido antropológico do termo). Aqui, até as classes altas (educadas e empregadas) são violentas, embora os delitos não sejam os mesmos. De qualquer forma, a educação (e não o adestramento) de qualidade podem ajudar muito, num prazo mais longo. Um abraço.

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