Dia:
23 de novembro de 2015 (próxima segunda-feira)
Horário:
9h30
Local:
Sede do Ipea, em Brasília, (SBS, Qd. 1, Bl. J, Edifício Ipea/BNDES, auditório
do subsolo)
Após
a apresentação dos destaques da obra, Daniel Cerqueira, técnico de Planejamento
e Pesquisa do Ipea, e Arthur Trindade Maranhão Costa, secretário de Segurança
Pública e da Paz Social do Governo do Distrito Federal, irão debater os dados
do estudo.
Na
abertura do seminário estarão presentes o presidente do Ipea, Jessé Souza, a
secretária Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ) e presidente do Conselho
Nacional de Segurança Pública, Regina de Luca Miki, e o diretor do Departamento
de Temas Sociais da Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico
(SPI/MP), Jorge Abrahão de Castro. Estes últimos representando o MJ e o MP que
foram parceiros na realização do projeto.
Segue
síntese do livro:
A
violência é um dos temas que mais preocupam os brasileiros. Há grande incerteza
sobre o que pode ocorrer no futuro tanto em termos da criminalidade violenta
quanto em relação às políticas públicas. O ambiente instável e turbulento
aumenta a percepção de que o futuro é múltiplo e incerto, e leva a crer que
planejar com base em projeções é insuficiente. Entretanto, os tempos atuais não
trazem somente desafios, mas, principalmente, oportunidades. É necessário estar
atento às oportunidades e ser criativo para enxergá-las. Não é por outro motivo
que a utilização de cenários como subsídio ao planejamento e à formulação de
estratégias cresce no mundo.
Nesse
contexto, é apresentada neste livro a síntese dos resultados do projeto A
Segurança Pública em 2023: Uma Visão Prospectiva. O estudo contou com a
participação de 122 pessoas, pertencentes às equipes do Ipea e da Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR); colaboradores do
Ipea, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) e do Ministério da
Justiça (MJ); e especialistas em segurança pública. Os desafios são muitos, mas
os cenários exploratórios construídos mostram que há possiblidade de mudança.
O
estudo apresenta quatro cenários: prevenção social; repressão qualificada; violência
endêmica; e repressão autoritária. Com base neles, pode-se formular o cenário
desejado e o cenário-alvo, considerando trajetórias irregulares, aproveitando
as oportunidades e reduzindo o risco dos cenários apresentados.
O
livro Violência e Segurança Pública em
2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo também apresenta 44
tendências. Parte delas, para ser rompida, depende da união de diversos atores
e, principalmente, do investimento nas oito incertezas-chave identificadas.
Tais incertezas nos abrem oportunidades para a mudança do curso dos
acontecimentos, pois são motrizes para a redução da criminalidade violenta e o aumento
da sensação de segurança, tornando-se mais fáceis de serem moldadas e nos
ajudando a construir o futuro desejado.
Diante
dos muitos desafios, foram propostos doze objetivos estratégicos. Também são
apresentadas sugestões para o aprimoramento e a construção de uma política de
segurança democrática, garantista e efetiva. Como os recursos – humanos, financeiros
e tecnológicos – são escassos, é fundamental a construção de cenários e sua
análise, a fim de fazer escolhas e priorizar investimentos. Desse modo, poderemos
mudar o curso dos acontecimentos, transformando o Brasil em um país seguro para
se viver.
A educação é a base de todos os segmentos da vida. Investindo na educação diminuirá a violência. Oferecer escola para todos. O ponto seguinte seria emprego, paralelo à educação. Uma política digna para ambos. Eliminar as esmolas do governo como bolsa família e fazer uma política que faça com que incentive as crianças irem para a escola e ofereça trabalho aos jovens estudantes, paralelamente, também como incentivo. Assim, mesmo que a longo prazo, consegue-se diminuir a violência, tirar os meninos da rua, oferecer atividades, emprego. Sem isso, a violência tende a aumentar e a nossa segurança estará vulnerável mais do que estamos. Excelentes estes trabalhos de projeções de áreas, com bons governantes, espera-se por em prática tornando o trabalho desenvolvido efetivo e eficaz. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirÉ isso mesmo Maruska, concordo plenamente. Sem educação não vamos a lugar nenhum e muito menos reduzir a violência no País.
ExcluirObrigada pela contribuição!
Elaine Marcial
Elaine, parabéns, sou sua fã.
ResponderExcluirVocê dará algum curso aberto em 2016 sobre cenários prospectivos?
bj,
Ana Claudia,
ExcluirObrigada pelas palavras carinhosas. Por enquanto não há previsão, mas se ocorrer algum eu informo no blog e para você.
Obrigada pelo comentário!
Elaine Marcial
Oi, Elaine. Acho que a violência no Brasil também tem um forte fator cultural (no sentido antropológico do termo). Aqui, até as classes altas (educadas e empregadas) são violentas, embora os delitos não sejam os mesmos. De qualquer forma, a educação (e não o adestramento) de qualidade podem ajudar muito, num prazo mais longo. Um abraço.
ResponderExcluir